Vamos fazer juntos o filme mais emocionante de nossas vidas...

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Sou um cineasta amazônico, já fiz diversas obras, todas de média e longa duração, documentários e ficções, sempre focado em trazer à luz algum aspecto pouco tratado ou esquecido da história e cultura amazônica. Nos meus filmes Ajuê São Benedito, O Cônego, Arinoá, O Ajuntador de Cacos, O Presente de Maria, Querido Presidente, Glorioso São Benedito, Missão Mapuá, Coqueiros Parabólicos(em finalização) e outros, visitei cinematograficamente os seringais nos tempos dos soldados da borracha, a Belém e as matas do interior na Revolução Cabana, os devotos de São Benedito nas margens do rio Amazonas e suas lutas por sobrevivência; seguimos pelo Marajó dos campos e das florestas para tratar sobre os povos primeiros da nossa região e suas estratégias de resistências frente as invasões estrangeiras.

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Ao longo desses mais de 20 anos fazendo cinema genuinamente amazônico, sempre que alguém me pergunta como, com tão poucos recursos, conseguimos fazer tanto. Respondo que é um juntar de dedicação, persistência e fé. Sendo está última, em minha trajetória, a mais importante. Devoto de Nossa Senhora de Nazaré, desde que me entendo por gente, não teve um único set meu em que eu não a solicitasse para compor nossa produção executiva, produção de set, e assim por diante. Sem a atenção e essa prontidão tão carinhosa de minha Mãe (nossa Mãe do Céu) e sua amorosa intercessão junto a seu filho, Jesus Cristo Libertador, nem um único filme meu teria saído do papel para as telas de cinema.

Neste ano em que retornaremos aos Círios das ruas, pós-pandemia, e também ao nosso fazer cinema, quero me dedicar a realização da obra que certamente será a mais profunda da minha carreira, o filme longa-metragem Senhora do Caminho.

Sim, chegou a hora de colocar as mãos na massa para contar a história das origens do Círio de Nazaré, dessa devoção que une todos os paraenses, residentes no estado, ou morando em lugares diversos do Brasil e do mundo.

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Senhora do Caminho será um longa-metragem em que pretendemos oferecer aos espectadores a possibilidade do retorno aos anos finais do século XVII (1680), para encontrar com o jovem Plácido José, seus pais, sua realidade social e a experiência de fé que o fez destinatário do presente divino que foi o achado da imagem da Virgem Santíssima, em uma trilha na floresta em 1700. Presente esse que se converteu em missão de zelar, por toda a sua longínqua vida, da pequena imagem e de testemunhar e propagar as graças da Mãe de Deus aos amazônidas de então.

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