
Quando, produzimos, filmamos, montamos e por fim, exibimos um filme, o fazemos sempre envoltos em muitas interrogações: Entenderá o público a estória contada? Se aproximará das discussões que objetiva e subjetivamente intencionamos provocar com o roteiro? O que compomos na arte e os recursos utilizados foram capazes de abstrair o público e levá-los aos pretendidos dias e ambientes da Amazônia colonial? E os trabalhos do elenco? Teremos conseguido dirigir e propiciar que os atores dessem verossimilhança aos personagens da trama? E finalmente, como impactou aqueles que o assistiram? Quais as repercussões nesses sobre suas percepções da história dos povos marajoaras, em especial dos Mapuá, e suas relações e conflitos com os brancos?
No último dia 16 de maio, recebemos algumas respostas de quem nos prestigiou indo até o Cine Líbero Luxardo para assistir o Missão Mapuá. A roda de conversa que realizamos após a sessão, foi oportunidade para colhermos muitos “sim”. Nas falas compartilhadas o testemunho do quanto importante foi termos insistido em realizar tal obra. Notável a empatia do público com as protagonistas (Boyra, Isabele) e com os demais personagens. A política de distribuição e controle das terras pela coroa portuguesa, o papel dos jesuítas e o modo de vida e resistência mapuá foram comentados e retomados em perguntas pelo público, que mostrou-se positivamente surpreso em saber da existência dos Mapuá e do seu papel de combate ao domínio estrangeiro na foz do Amazônas. Os cantos, as pinturas corporais e o falar em nheengatu, foram outros motivos de contentamentos dos espectadores dessa nossa primeira exibição do Missão Mapuá na sala mais charmosa da capital dos paraenses. Seguiremos por outros espaços exibindo o filme, provocando mais perguntas e diálogos, fazendo memória dos povos primeiros da Amazônia Marajoara.
Mais detalhes do filme em
www.amazoniaplay.com.br
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